28 junho 2013

Arthur, pequeno grande guerrero!

Anjos são presentes divinos
que estão sempre a nos acompanhar.
Nos protegem, nos ajudam e nos guiam
Estão por toda parte, a nos alegrar.

Mas infelizmente nem sempre é assim
E a tristeza as vezes nos alcança
Trazendo dor, angustia e saudade
Deixando apenas a esperança.

De dias melhores pra viver
Agradecendo a Deus, sem questionar
Pois dos planos Divinos, nada sabemos
Temos que viver, crer e acreditar.

Que cada anjo tem seu tempo aqui na terra
Curto ou  longo, não temos como saber
Mas todos deixam uma marca
Que jamais iremos esquecer.

E assim o ciclo da vida se completa
E até na dor somos companheiros..
Arthur, criança linda e amada,
Sempre será nosso pequeno, grande, guerreiro!

Que Deus chamou bem mais cedo
Sem que possamos compreender
Mas uma certeza nós já temos
Jamais iremos te esquecer.

Você não nos deixa apenas saudade
Mas também muito a ensinar
De um pequeno, grande querreiro,
Que em tão pouco tempo, tanto amor pode nos dar!

Te amamos!


26 junho 2013

O post mais triste da minha vida

É com muita tristeza que faço este post... na verdade é como um desabafo que faço este post.
Meu cunhado, irmão do meu marido, passou por diversas provações, testes de fé mesmo e infelizmente passou por um bem recentemente.

Ele e a noiva estavam MUITO felizes com a chegada do pequeno Arthur..
Tudo sendo feito e preparado caprichosamente, cuidadosamente e com muito, mas muito amor.

Seria uma grande felicidade, finalmente para ambos, que passaram por tantas coisas tristes nos últimos anos.

Meu cunhado estava extremamente ansioso para a chegada do Arthur... emagreceu uns 5 kilos e tudo..
Minha cunhada (a pessoa mais caprichosa que já conheci na vida) também estava muito ansiosa. Fez questão de pintar e bordar pessoalmente, cada toalhinha, cada manta, porta algodão, porta cotonete e etc...

Até que finalmente chegou o grande dia!
Já era bem tarde quando recebi um torpedo do meu cunhado com os seguintes dizeres: “É com muita alegria que comunico o nascimento do meu filho Arthur, neste lindo 6 de junho!”
Noooossssaaaa! Quanta felicidade!

Como era muito tarde, deixe para ligar na manhã do dia seguinte...
Ele estava irradiante, feliz como nunca tinha visto antes. Disse que o Arthur estava meio cansadinho e por isto a pediatra resolveu coloca-lo na UTI Neo Natal, mas logo sairia de lá para o quarto.... o que não aconteceu..

Horas mais tarde notaram que ele tinha uma dificuldade para respirar e resolveram investigar.
O Arthur nasceu com as grandes artérias do coração invertidas, o que causava baixa oxigenação no sangue e o estado dele era grave.
Para dificultar ainda mais, o hospital não tinha a menor infra estrutura necessária para atende-lo e foi necessário fazer a transferência para outro hospital... (o que foi extremamente dramático porque esperamos por uma ambulância com a UTI Neo Natal por mais de 5 horas e a pediatra ainda não dava garantias de que o pequeno Arthur sobreviveria a esta remoção!)

O que era a realização de um sonho, começou a se tornar um imenso pesadelo!

Mas o Arthur, pequeno grande guerreiro como eu sempre digo, resistiu e chegou em estado grave no outro hospital.
A situação era bem delicada!

A cirurgia era inevitável!
Para auxiliar, o Arthur foi submetido a 2 cateterismos e se manteve estável, sedado e entubado.

No dia 11 de Junho foi realizada a cirurgia.
Foram 6 horas utilizando um coração artificial e ao término o coraçãozinho já com as grandes artérias devidamente invertidas, bateu forte, mas não por muito tempo.
Infelizmente e com muita, mas muita dor no coração, estava na sala de espera do pós-operatório quando recebemos a triste noticia de que o Arthur, pequeno grande guerreiro havia nos deixado.

Foi o dia mais difícil da minha vida!
Nenhuma mãe neste mundo deveria passar por tamanha dor.

Estamos nós unidos, apoiando uns nos outros e dando um grande suporte para o meu cunhado e minha cunhada.
Buscando forças em Deus e não deixando a chama da esperança se apagar.

Força Binho e Ale!
Deus está com vocês a todo momento.
Não sabemos os motivos desta triste perda, mas com certeza ainda tem muita alegria, felicidade e uma linda família esperando por vocês no futuro.

Arthur, meu pequeno grande guerreiro!
Eu e toda a família sentimos muito e te amamos desde o primeiro minuto de vida, ainda dentro da barriga da mamãe!!



09 abril 2013

Alguns meses depois do retorno ao trabalho!

Hoje eu sei que era um mal necessário...
Não que não seja sofrido para mim sair de casa e deixar minha pequena lá, mas agora sei que vai ficar tudo bem até o meu retorno, o que me conforta um pouco.

Infelizmente, não consegui sozinha.
Precisei de ajuda e estou fazendo terapia. E super aconselho. Acho que pelo menos uma vez na vida, TODO MUNDO deveria fazer algumas sessões de terapia.

Antes de pré-julgamentos, o que é muito mais comum do que imaginam, terapia não é para maluco!

Eu sofri muito e registrei aqui muitos dos meus medos e receios em deixar minha filha menor.
A Bia já tem 9 anos e é super independente, o que não anula o meu jeito mega-protetor de ser, mas ela já está vacinada contra o meu amor sufocante e preocupado de mãe, e sempre se sai muito bem... rs

Mas deixar a Lorena, aos seis meses e meio para voltar a trabalhar 10 horas por dia, mais 1 hora de transito para ir e outra para voltar, me desesperava (e desespera até hoje... que minha terapeuta não leia isso!).

Eu sempre fiquei pensando assim:
- e se ela chorar? quem vai conseguir acalmá-la?
- e se ela não quiser comer? vai ficar doente...
- e se ela cair? porque NINGUÉM NESSE MUNDO vai cuidar dela como eu!
Eram tantos "e se's" que me faziam sofrer de uma forma gigantesca!!!

Hoje a minha mãe cuida dela enquanto eu trabalho, o que me deixa um pouco mais aliviada!
Combinamos que ela ficaria com a Lorena até Janeiro, para que ela cresça mais um pouquinho, ande, fale e tenha a mínima condição de falar o que acontece.

Na terapia fiz grandes descobertas, que justifica muito de minhas qualidades e falhas.
Li alguns livros que me ajudaram a entender o que estou sentindo, o que fazer, e quantas outras milhares de pessoas já passaram por isso!

A Lorena está com quase 10 meses e é super esperta. Já sabe exatamente a rotina da manhã e tudo o que eu faço antes de deixá-la para ir trabalhar... e quando eu saio de casa é uma choradeira! (dela e minha... rs)

Entre minhas leituras, descobri que esta é uma fase de grande apego dos bebês. Eles pensam que a mãe vai embora e nunca mais vai voltar. Infelizmente, um momento que coincidiu com meu retorno ao trabalho e que sinceramente espero que esteja prestes a passar!

A minha tristeza hoje é não acompanhar as novidades diárias da Lorena.
Ela já deu o primeiro passinho e eu não estava lá... Mas estou tentando recompensar nos momentos que tenho com elas. Tentando ter momentos curtos, mas extremamente prazerosos para nós.

A Bia também me surpreende diariamente com sua pré-adolescencia precoce! Estou me divertindo muito com as descobertas dela!

E o que me dá mais força para superar todas essas dificuldades é a minha vontade de trabalhar!
Adoro me sentir útil! Adoro aprender coisas! Adoro trabalhar!
Seria impossível viver bem, se eu estivesse 100% do tempo em casa...
Trabalho desde os 14 anos e tenho plena convicção que não nasci para ficar em casa.

Então agora eu aprendi...
- a dividir o meu tempo para tudo o que é importante
- priorizar os momentos com minha família
- aproveitar as diferentes fases das minhas filhas
- registrar todos os momentos para não confiar somente na memória
- focar no meu trabalho e no desenvolvimento da minha carreira profissional
- encontrar tempo para mim, para as coisas que gosto de fazer.

Apesar da falta que minhas filhas, sou mais feliz assim!!

E que venham os desafios!!

01 fevereiro 2013

Adaptação, recém começada!

Depois de muito tempo grudada nas filhotas, voltei a trabalhar e comecei a avaliar o quanto eu também gosto desta rotina, que eu já até havia me esquecido..

Estar em casa, poder cuidar das minhas filhas, participar de todos os momentos importantes delas, assistir "Sessão da Tarde" juntas, cuidar de todos os detalhes da alimentação delas, enfim, tudo isso é extremamente prazeroso para mim. O cuidado, a atenção e o afeto tomam conta de todos os outros sentimentos e me fizeram querer estar ali o tempo todo.

O dia do retorno ao trabalho não foi fácil.
 
Saí de casa me sentindo uma pessoa que só pensa em dinheiro (já que minhas condições financeiras não permitem que eu fique em casa), alguém que troca os momentos especiais das filhas para trabalhar, que estará ausente, que não poderá ajudar em alguma emergência, enfim, alguém que deixa os filhos. (Tá, sei que está dramático, mas juro que me senti exatamente assim!)
Chorei e muito!

Mas chegando no trabalho as coisas começaram a melhorar.
Reencontrar amigos, ouvir as histórias do que aconteceu quando estava de licença, sentir as mudanças no trabalho, relembrar as atividades, senhas... tudo isso foi muito bom. Mas a cada 20 minutos, o meu pensamento era um só: MINHAS FILHAS
Começava a me perguntar: Será que estão bem? Que já comeram? Será que a Lorena está chorando? Será que conseguiu mamar na mamadeira?
Angustias do coração de uma mãe que estava começando a retomar a própria vida.

E aos poucos a adaptação foi acontecendo, tanto para mim, quanto para elas.
Antes de sair de casa eu procuro deixar tudo o que elas vão precisar separado, alimentação prontinha, frutas, bilhetinho na porta da geladeira com o "roteirinho do dia" e isso me conforta. Me faz sentir que tudo estará sob controle até o meu retorno.

Tenho contado com o apoio da minha mãe que está com as minhas filhas em casa até que eu volte do trabalho e com a ajuda da Bia, minha filha de 9 anos que é extremamente madura e responsável.

A noite, quero saber tudo, o que comeram, o que fizeram, do que brincaram, como foi o dia na escola, tudinho, não quero ficar sem saber de nada!!

E também chegar em casa a noite e ter histórias para contar, pensar em tudo o que eu quero aprender e fazer este ano, todos os meus objetivos, expectativas, tudo o que eu quero para mim, traçar e fazer acontecer..

Tudo o que tenho foi conquistado exatamente assim.

Agora, chegar em casa é um momento mágico.
Sorrisos e mais sorrisos!
Eu aproveito cada segundo ao lado das minhas filhas. Quero estar cada vez mais presente, mesmo estando ausente.

Curto intensamente o tempo que passamos juntas... e no fim de semana... ah, fim de semana!!
É sempre uma overdose de filhas maravilhosas, que eu tanto amo!!!


Filhas Preciosas!



 

18 janeiro 2013

A bronca da semana!

Na minha primeira semana de retorno ao trabalho, a vida não foi nada fácil...
Ficar longe das minhas filhas por mais de 10 horas depois de 7 meses coladas, tem sido um período difícil de adaptação para todas nós.

Sexta-feira da semana passada eu estava com um sorriso enorme, porque passaria o final de semana matando a saudade das minhas pequenas. Resolvi agradar a Bianca e a Giovanna (minha sobrinha de 9 anos) e levei uma barra de chocolate para cada.

Sei que elas A-DO-RAM chocolate, mas fiquei bem surpresa com o questionamento da Bianca.

- Mãe, o que você trouxe para a Lorena?
- Nada filha, ela não pode comer essas coisas ainda.

Só pela expressão do rosto da Bianca, sabia que lá vinha chumbo grosso:

- A Lorena não come chocolate, mas também é sua filha e você não trouxe nada para ela!

Pá! Assim, sem dó nem piedade levei esta!
Eu achando que estava agradando, acabei foi levando uma bela bronca.

Hoje, sexta-feira novamente, não vou levar nada para elas... afinal de contas, aqui por perto não tem nenhuma loja para bebês e se eu levar novamente um presentinho somente para a Bianca, é capaz de ela me colocar de castigo!

;)

15 janeiro 2013

Enfim, o retorno ao trabalho

Passou tão rápido!!!
Foram 6 meses de licença maternidade e 1 mês de férias grudada na Lorena  e na Bianca e a nossa separação não está sendo nada fácil.

Minha rotina mudou completamente..
Acordo bem cedo para deixar tudo prontinho para elas, o almoço, o jantar, as frutas, fraldas, roupas, tudo.. faço tudo isso com lágrimas nos olhos por saber que não estarei lá.

A Bia já entende e tem me ajudado bastante com a Lorena. Ela ajuda a vovó a cuidar da irmãzinha, brinca com ela o tempo todo e me disse que faria de tudo para não deixar a Lorena chorar! (fofa, né?)
 
E a Lorena não entente, mas sente e sabe que não estarei com ela o dia todo. 
Nos ultimos dias tem acordado mais cedo, brinca bastante comigo, aproveita ao máximo para mamar e depois adormece.

Sair de casa não está sendo uma tarefa muito fácil para mim.
Fico pensando que ela vai chorar, vai sentir minha falta, vai chamar por mim e eu não poderei fazer nada!

Quando a saudade aperta, olhos as fotos delas no celular..

Espero que esta fase de adaptação, tanto minha quanto delas passe bem rápido, porque com tudo isso, já se foram mais 2 kilos da mamãe aqui, que não está bem na foto.. :(

O laço entre mãe e filha é tão forte, tão imenso que não tem explicação!
Amor incondicional, amor divino!